segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Entrevista com o roteirista André Diniz, autor da história em quadrinhos 7 vidas


Pedro Brandt
Publicação: 13/09/2009 07:00 Atualização: 12/09/2009 10:21
Imagino que a respostas seja “sim” mas, você realmente fez terapia de vidas passadas? O que você achou do processo — quero dizer, além do que está na HQ? Acredita que se fizesse a terapia outra vez, suas vidas anteriores seriam as mesmas? Recomenda esse tipo de terapia para outras pessoas?
Claro! Quem dera eu ter criatividade pra inventar tudo aquilo... Foi uma experiência fantástica e riquíssima e recomendo a qualquer um, mesmo quem não acredita em vidas passadas. Pois mesmo que tudo seja fruto do inconsciente, em nada muda essa jornada de autoconhecimento que são as sessões de regressão. Acredito que, caso eu retome a regressão um dia, serei conduzido a vidas mais antigas, que era o caminho que as últimas sessões estavam tomando. Mas eram “lembranças” distantes demais, e como senti que as sete vidas já vistas que relato no livro se completavam muito bem, não creio que eu retome as regressões.

Você tentou manter a HQ o mais biográfica possível? O quanto isso pode limitar sua liberdade de criação?
Faz parte do jogo de um escritor ou roteirista romancear e florear um pouco — ou muito — a realidade para que um fato real gere um livro ou um filme interessantes. No caso da história desse livro, porém, posso te assegurar que tudo o que conto foi 99% assim, e não haveria problema algum em romancear mais. Só que tudo foi tão interessante exatamente da forma que aconteceu que o livro só perderia se eu mudasse alguma coisa. Mesmo cenas que vi e que não diziam nada, fiz questão de narrar. Também o que se passou na minha vida pessoal naquele momento, a perda de uma gravidez e uma nova gravidez surgindo nas mesmíssimas circunstâncias que a primeira, formaram uma linda analogia ao tema do livro, que são as vidas que vêm e que vão, e que voltam. As únicas adaptações que fiz foi mostrar cada vida sendo vista em uma única sessão, enquanto eu as via, na verdade, ao longo de duas ou três sessões diferentes; e também tive que criar diálogos onde haviam lembranças de cenas e de fatos, mas não exatamente de falas. Mas foi só isso, não mudei sequer a ordem em que tudo aconteceu. Leia mais

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