segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Faleceu Álvaro de Moya

Faleceu hoje Álvaro de Moya. 
Moya foi um dos primeiros pesquisadores de quadrinhos do Brasil. Era também quadrinista e foi um dos idealizadores da primeira exposição internacional de quadrinho do mundo, realizada em São Paulo, em 1951. 
Eu conheci Moya no final da década de 1980, quando descobri o livro Shazan na biblioteca da UFPA. O livro, organizado com ele e com artigos de diversos autores (eles eles Jô Soares), foi durante muitos anos uma das principais, senão a principal referência sobre quadrinhos no Brasil. Eu lia e relia, em especial os capítulos escritos pelo próprio Moya. Sua análise sobre as HQs Spirit, de Will Eisner, faziam com que qualquer um se apaixonasse pela obra de Eisner.
Moya não escrevia academicamente. Seu texto era fluído, irresistível e certamente foi através dele que muitos se apaixonaram não só pelos quadrinhos, mas também pelo estudo dos quadrinhos.
Eu o conheci em meados da década de 1990, em uma palestra na Gibiteca de Curitiba na qual tive o prazer e honra de conversar com ele e comprar um exemplar autografado de Shazam!, um dos itens mais queridos da minha biblioteca. 


Ah, além disso ele foi autor de vários outros livros sobre quadrinhos e foi um dos pioneiros da TV brasileira.
Hoje os quadrinhos são valorizados como arte e há os mais diversos estudos sobre eles, nos mais diversos pontos do país. Boa parte dessa valorização se deve ao trabalho pioneiro desse grande mestre.
Descanse em paz, Álvaro de Moya.

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